sábado, julho 22, 2017

Berlin Breitscheidtplatz



Hoje a cidade está triste, A neblina matinal cobre a estrada. Na praça, restos de sangue, Vidros partidos a cheirar a gasolina, cravo e canela.

Hoje a cidade está diferente, a morte prematura do Natal chegou em vão . O veneno que foi vendido retornou, Para atingir o centro do coração, sem falhar.

O silêncio das pessoas é o mesmo da tristeza das pombas, Uma igreja ferida, repleta de pessoas. Ruínas do passado, lamentos, sobressaltos,

Um ouvido esconde o medo, E uma boca murmura uma cãibra. Restam as pétalas de rosas no chão.



Para canção:


Hoje a cidade está triste, envolta em neblina,

Na estrada, a névoa densa esconde a sina.

Na praça, restos de sangue, em sombria cena,

Vidros partidos exalam o odor de gasolina.


A morte prematura do Natal chegou em vão,

O veneno vendido retornou, trazendo aflição.

Atingiu o coração, sem falhar, sem perdão,

Um fado cruel, lançando sombras na escuridão.


O silêncio das pessoas ecoa, tristeza paira no ar,

Como pombas feridas, sem rumo, a lamentar.

Uma igreja ferida, de almas a clamar,

Ruínas do passado, lamentos a ecoar.


Um ouvido esconde o medo, um segredo a guardar,

Uma boca murmura, uma cãibra a aflorar.

Pétalas de rosas no chão, um triste sinal,

Da beleza efêmera, agora em desfecho fatal


Alemão:

Heute ist die Stadt traurig
Der Morgennebel klebt auf der Straße
Auf dem Platz liegen einige Reste vom Blut.
Glasscherben die nach Benzin, Nelke und Zimt riechen 

Heute ist die Stadt anders
Der verfrühte Tod des Weihnachtsfestes.
Das verkaufte Gift kehrte zurück,
um die Mitte des Herzens nicht zu verfehlen.

Die Stille des Volkes ist wie der Kummer der Tauben
In einer verletzten Kirche voller Menschen:
Ruinen der Vergangenheit, eine Klage, ein Schreck

Ein Gehör versteckt die Angst
und ein Mund spricht leise einen Krampf aus.
Übrig bleiben die Rosenblätter auf dem Boden.

Ruiluís