(pintura de maria manuela mendes da silva "s.t.")
pingava-me a saudade no teu silêncio
e com a tristeza das flores
o cântaro encheu e trasbordou
(...nesse silêncio sou sorriso fundido de chuva
que não sabe aonde cai...)
no fundo te guardo
como um sonho de beira-mar passado
e os barcos ao longe que passam são os adeuses
de um acordar num céu
aonde nunca houve estrelas
nestas horas absurdas
a estranheza invade-me
e sou louco de alma a flutuar
por oceanos secretos
aonde um dia naufragámos
ruiluis