Os olhos nos olhos
A boca e o nariz não
Uma boca aquece o seu nariz
E o mal não entra pelos olhos
Os olhos não matam
Sabor de algodão e restos
cheira a hálito e tecido
E não se sente a cumplicidade
Ninguém vê a boca que canta
Ninguém se apercebe do gesto
Atrás da máscara o suor
É esconderijo de caretas feias
As pessoas são olhos nos olhos
São cérebros, cabelos e orelhas
Sem sorrisos, sem dentes
só lágrimas a encharcarem máscaras
ruiluís
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