triste recordação sobre a morte dos meus olhos

lembras-te dos meus olhos quando morreram ?

não escutaste neles um sonido solitário
de um violino amargurado
no adro de uma igreja sem religião ?

não viste neles o nómada
guiado pelas estrelas e pelo vento
neste grande deserto aonde me deixaste ?

lembras-te dos meus olhos quando morreram ?

agora eles rejeitam olhares estranhos
e sorrisos indiferentes,
como beijos de um batom perturbante

agora já não desejam desvendar
o segredo e a fantasia,
de todas as noites dos amantes


alexander ibis

Comentários

lique disse…
Pot vrzes parece mesmo que os olhos morrem. Assim, tal como dizes. Muito belo, o teu poema. Beijos
Anónimo disse…
...perdi a luz dos olhos
aquando da partida dos teus
perdi o caminho de volta
nas voltas e revoltas deste adeus...

Beijinho grande
Sónia
www.lbutterfly.blogs.sapo.pt
BlueShell disse…
´Primeira vez: gostei!...vim porque vi a tua foto num comentário...hummm..."Moço bonito"...
Abraço, BShell
Anónimo disse…
Sensibilidade e bom gosto. Parabéns pelo blog, continua.
Bj
Anónimo disse…
A esse poema não resisti.
Nem tenho palavras e nem importa, o que diria eu diante da morte de teus olhos?
Simplesmente emocionante sentir por segundos o que te passou cortando a alma.
Beijo teus olhos, se me permite.

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