quinta-feira, setembro 16, 2004

sol de outono

Example


(pintura de vincent van gogh "the olive trees ")
parti com duas luzes que me iluminam
(escuridão que me trespassou a alma e
que sufocou o grito no silêncio...)
e mantive elas sempre acesas na viagem

cheguei à outra margem da vida
(perturbantes sentimentos que te tentam
com sorrisos malicios de falsos sabores...)
e pisei as raizes que sou

era de noite fria e caminhava na rua
(meu canto amaldiçoando a primavera passada
de uma morte lenta e cobarde...)
mas a flôr da amêndoeira continuava a desabrochar

quando acordei de manhã, depois da viagem
(memórias soltei, sei lá porque quiseram voar
todas juntas...mas é melhor que me deixem em paz !!!)
abri as cortinas e ofereci meu corpo, ao sol de outono...

ruiluis

5 comentários:

Anónimo disse...

Mais um poema RLuis, com a sensibilidade a roçar na nossa pele....lindo . Beijinhu*

Contas e Cores disse...

Lindo!! Este poema é lindo!! Adorei também o sol, eu preciso tanto do sol...

No name disse...

Oi amigo, mais um belo poema, que nos toca a alma.
Desejo-te uma boa semana. Deixo um beijo com carinho*

Anónimo disse...

vim agradecer as tuas palavras de apoio. qt ao poema e' simplesmente lindo e sincero....o sol de outono tem o dom de aquecer as nossas almas, nao e'?jinhos.tulipa-www.torraodeacucar.blogs.sapo.pt

nocturnidade disse...

magnífico poema,
é estranho pensar que lá fora a vida corre de igual forma independentemente da nossa alma ter ficado num lugar qualquer do passado,
as janelas acabam por mostrar sempre o mesmo,
mudam os olhos.